A seleção do PET está chegando, estamos nos últimos dias de inscrições! Você já se inscreveu? Está pensando em se inscrever? Provavelmente devem surgir muitas dúvidas. Esse edital (ou a mera observação das misteriosas figuras de camisa rosa na sala de vidro) às vezes trazem mais dúvidas do que respostas. Como vai ser essa seleção? Vai ter teste de aptidão física? Precisa de psicotécnico para provar que só entra gente doida? E depois? Vão arrancar o meu couro? Vou perder todos os meus amigos e virar um zumbi que só dorme 2 horas por dia e sobrevive de subway, café e suquinho do RU?
A princípio, a resposta para todas as perguntas é não, mas algumas petianas e petianos resolveram responder algumas das dúvidas mais comuns que já foram levantadas (até por nós mesmos, quando fomos fazer a famigerada seleção), ou que imaginamos ser relevantes:
1) Como é a prova?
A prova escrita é uma etapa que tem na argumentação todo seu critério de excelência. Não existem respostas corretas e muito menos respostas erradas, o que existe é a ânsia por uma defesa de ideias organizadas que valorizem os Direitos Humanos, sob seus diversos aspectos. Não cobraremos o pedantismos de muitos autores citados, tampouco os milhões de artigos existentes no ordenamento jurídico brasileiro. Trata-se, então, de uma avaliação discursiva, pautada na manifestação de opinião fundamentada, cuja obrigação é se mostrar livre para pensar com criticidade o Direito e as suas implicações nas relações de poder na sociedade.
2) Como é/para que serve a entrevista?
A entrevista é o momento de conhecermos melhor a/o candidata/o, saber seus interesses, suas atividades. Isso é importante para sabermos se a/o candidata/o está alinhada/o com a proposta do PET-Dir, ou seja, de integrar ensino, pesquisa e extensão se dedicando 20h na semana para isso, com comprometimento. Também é o momento de esclarecer alguns pontos sobre a prova escrita.
A entrevista é feita com uma banca de professores/as e a ideia é ser um momento tranquilo de maior transparência, de maior comunicação entre a gente e os/as futuros/as petianos/as.
3) Como vai ser a visita à Estrutural? Ela vai ser avaliada? Por que estamos indo para lá?
Talvez as atividades pela quais o PET tenha mais carinho e garra para construir sejam suas Oficinas de Extensão na Estrutural. Não somente por elas serem divertidas e interessantíssimas, mas por elas conseguirem gerar reflexão em todas os vários outros momentos petianos, seja nas leituras e discussões semanais no grupo de estudos até a sala de aula de Pesquisa Jurídica. Assim, sendo o sopro que mantém vivas todas as atividades do PET, a Estrutural não poderia ficar de fora na Seleção. Logo, os propósitos de levarmos até a Estrutural as pessoas que pretendem ingressar no PET são (i)já mostrarmos que a Extensão tem um valor especial no PET, (ii)escancarar a ideia de que ser petiana/o é também ser extensionista e (iii)possibilitarmos um contato inicial das/os pessoas ingressas com a cidade e a comunidade da Estrutural. A visita não é classificatória, não conta pontos ao final, mas é eliminatória, por isso é preciso justificar a ausência, caso o horário da visita seja excepcionalmente inviável.
4) Quanto tempo preciso me dedicar ao PET?
Ao entrar no PET, nós assinamos um termo de compromisso afirmando uma dedicação semanal de 20 horas. Temos reunião durante a tarde de quinta-feira, oficinas de extensão aos sábados, reuniões de planejamento da extensão durante a semana, reunião administrativa e aulas de teatro às sextas-feiras, leituras semanais e algumas outras atividades e eventos que são esporádicos e sobrecarregam uma semana ou outra. Parece demais, mas muitas pessoas conseguem, inclusive, conciliar com as horas de estágio. Uma boa organização pessoal permite até uns SS’s.
5) Quanto tempo eu preciso ficar lá?
Para ganhar o certificado do MEC de participação completa no PET é necessário um tempo mínimo de participação de 2 (dois) anos. O tempo máximo em que uma pessoa pode ficar são 3 (três) anos. Qualquer pessoa pode sair no momento que quiser, deixando sua vinculação oficial. Qualquer pessoa pode, porém, integrar todas as atividades do PET mesmo sem nenhum vínculo institucional – são nossas queridas pessoas agregadas, que são sempre muito bem-vindas, pelo tempo que quiserem.
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